9 de mar. de 2010

Taxista assassinado é sepultado sob homenagens e protestos

Sentimentos de indignação e saudade tomaram conta do enterro do taxista Antônio Campelo Costa, de 59 anos, ocorrido no final da manhã de ontem, no cemitério do Campo Santo. O corpo chegou acompanhado por uma carreata organizada por taxistas que protestaram em comboio do bairro do Uruguai até o Campo Santo.

Familiares e amigos compareceram para prestar as últimas homenagens à vítima. Antônio foi assassinado com três tiros, disparados por dois homens, na manhã do último domingo, após deixar um passageiro no bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário.

Revoltados com a falta de informação sobre o crime, familiares e colegas de trabalho pediram às autoridades uma atenção maior sobre a apuração dos fatos. “Não consigo acreditar que, até agora, a polícia não conseguiu identificar o passageiro que ele levou antes de morrer.

Foi este mesmo homem que chamou a polícia e contou que meu pai tinha sido levado por dois homens armados. Se ele é cliente da Teletáxi não deve ser tão difícil identificá-lo. Quem sabe ele não viu o rosto dos assaltantes?”, questionou o filho mais velho da vítima, Wendel Astor da Silva Campelo, de 36 anos.

Emocionada com a perda do companheiro de 38 anos de casamento, a viúva, Maria das Graças da Silva Costa, de 55 anos, acredita que a morte do marido foi consequência de uma tentativa de assalto. “Ele não tinha inimigos, era uma pessoa calma. Acredito que os assassinos o abordaram achando que ele tinha trabalhado a noite inteira e estava com dinheiro, mas ele tinha acabado de sair de casa”, contou.

O mesmo fato foi confirmado por Misseleide Costa Brito, filha da vítima, que espera uma posição da polícia para saber a real motivação do crime. “Estamos intrigados porque todos os pertences pessoais dele estavam no carro, mas ele tinha uma maleta, que ficava na mala do veículo e era onde ele escondia o dinheiro. Não sei se ela foi encontrada”, afirmou.

No final da manhã de ontem, policiais da 5ª Delegacia afirmaram que ainda não tinham nenhuma posição sobre o caso, e que a equipe estava no local do crime. Após o enterro, os taxistas seguiram em direção à Secretaria de Segurança Pública, onde pediram proteção à categoria.

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