
Um mercado dominado por poucos grupos, com um alto nível de profissionalização e políticas agressivas de preço e crédito. Estas deverão ser as características de uma nova configuração que vem se delineando para o varejo na Bahia. A bola da vez é o setor de móveis e eletrodomésticos, que vem passando por transformações relevantes.
Na última segunda-feira, duas grandes negociações no setor foram anunciadas e incidem diretamente no varejo baiano. O Ponto Frio foi adquirida pelo poderoso Grupo Pão de Açúcar, que se tornou a maior rede varejista do País. Além disso, as 17 lojas da Romelsa – terceira maior rede de móveis e eletros do Estado – foram compradas pela paulista Casas Bahia, seguindo a política de expansão do grupo pela região Nordeste.
Com a aquisição, as Casas Bahia passarão a contar com 21 lojas em Salvador e Região Metropolitana. A meta da empresa é elevar o número de lojas no Estado para 49 até o primeiro semestre de 2010, além de construir um novo centro de distribuição em Camaçari, orçado em R$ 40 milhões. Já o grupo Pão de Açúcar que possuía três unidades de venda de eletros nos supermercados Extra, passará a contar com mais 54 unidades do Ponto Frio na Bahia.
Os representantes das entidades de comércio veem esta entrada no mercado baiano com esperança e preocupação. Para o diretor-financeiro da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Guedes, o chegada de grupos capitalizados poderá gerar mais investimentos para o Estado. Ele, no entanto, lamenta a extinção de empresas locais: “Infelizmente, as empresas de varejo de médio porte acabam não conseguindo sobreviver frente à concorrência. Uma empresa forte não deve se limitar a atuar só regionalmente”. Para o presidente da Federação de Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio), Carlos Amaral, a perda de empresas como a Romelsa vai afunilar ainda mais a competição.
Mercado – Segundo os especialistas, as recentes mudanças no mercado varejista deverão forçar reavaliação das estratégias das grandes redes de móveis e eletros. Além do Ponto Frio, que fincou bandeira em solo baiano no ano passado, e das Casas Bahia, que abriu as primeiras quatro lojas este ano, o Estado ainda conta com outras redes de grande porte como a mineira Ricardo Eletro, a paraibana Lojas Maia, além da baiana Insinuante.
O economista da Universidade Federal da Bahia Osmar Sepúlveda afirma que é difícil prever de que forma irá se comportar o mercado num curto prazo. Ele acredita que a concorrência deve se acirrar, com um mercado dominado por poucos grupos.
O coordenador do Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Juracy Parente, faz coro. E acredita que esta concorrência será benéfica para os consumidores. “São empresas mais dinâmicas que possuem um grande poder de barganha junto a fornecedores e um maior nível de eficiência operacional e logística. Com isso, o mercado fica mais estável e consolidado”, explica.
Este acirramento da concorrência, no entanto, poderá ficar restrito a um primeiro momento em que as empresas que acabaram de entrar no mercado local tentam se consolidar. Na avaliação do economista Fábio Guedes, doutor em administração e professor da Universidade Federal de Alagoas, esta centralização em torno de poucas empresas pode ser ruim para o consumidor no futuro: “Elas entram no mercado agressivamente, com maior capacidade de conceder crédito, mas a tendência é que o cliente cada vez mais fique com menos opções de escolha”. Na mesma linha, Sepúlveda recomenda atenção: “Este tipo de competição empresarial é preocupante, porque são poucas companhias que vão ditar os preços. Dá margem para que não se atendam à lei de proteção ao consumidor”.
Na última segunda-feira, duas grandes negociações no setor foram anunciadas e incidem diretamente no varejo baiano. O Ponto Frio foi adquirida pelo poderoso Grupo Pão de Açúcar, que se tornou a maior rede varejista do País. Além disso, as 17 lojas da Romelsa – terceira maior rede de móveis e eletros do Estado – foram compradas pela paulista Casas Bahia, seguindo a política de expansão do grupo pela região Nordeste.
Com a aquisição, as Casas Bahia passarão a contar com 21 lojas em Salvador e Região Metropolitana. A meta da empresa é elevar o número de lojas no Estado para 49 até o primeiro semestre de 2010, além de construir um novo centro de distribuição em Camaçari, orçado em R$ 40 milhões. Já o grupo Pão de Açúcar que possuía três unidades de venda de eletros nos supermercados Extra, passará a contar com mais 54 unidades do Ponto Frio na Bahia.
Os representantes das entidades de comércio veem esta entrada no mercado baiano com esperança e preocupação. Para o diretor-financeiro da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Paulo Guedes, o chegada de grupos capitalizados poderá gerar mais investimentos para o Estado. Ele, no entanto, lamenta a extinção de empresas locais: “Infelizmente, as empresas de varejo de médio porte acabam não conseguindo sobreviver frente à concorrência. Uma empresa forte não deve se limitar a atuar só regionalmente”. Para o presidente da Federação de Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio), Carlos Amaral, a perda de empresas como a Romelsa vai afunilar ainda mais a competição.
Mercado – Segundo os especialistas, as recentes mudanças no mercado varejista deverão forçar reavaliação das estratégias das grandes redes de móveis e eletros. Além do Ponto Frio, que fincou bandeira em solo baiano no ano passado, e das Casas Bahia, que abriu as primeiras quatro lojas este ano, o Estado ainda conta com outras redes de grande porte como a mineira Ricardo Eletro, a paraibana Lojas Maia, além da baiana Insinuante.
O economista da Universidade Federal da Bahia Osmar Sepúlveda afirma que é difícil prever de que forma irá se comportar o mercado num curto prazo. Ele acredita que a concorrência deve se acirrar, com um mercado dominado por poucos grupos.
O coordenador do Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Juracy Parente, faz coro. E acredita que esta concorrência será benéfica para os consumidores. “São empresas mais dinâmicas que possuem um grande poder de barganha junto a fornecedores e um maior nível de eficiência operacional e logística. Com isso, o mercado fica mais estável e consolidado”, explica.
Este acirramento da concorrência, no entanto, poderá ficar restrito a um primeiro momento em que as empresas que acabaram de entrar no mercado local tentam se consolidar. Na avaliação do economista Fábio Guedes, doutor em administração e professor da Universidade Federal de Alagoas, esta centralização em torno de poucas empresas pode ser ruim para o consumidor no futuro: “Elas entram no mercado agressivamente, com maior capacidade de conceder crédito, mas a tendência é que o cliente cada vez mais fique com menos opções de escolha”. Na mesma linha, Sepúlveda recomenda atenção: “Este tipo de competição empresarial é preocupante, porque são poucas companhias que vão ditar os preços. Dá margem para que não se atendam à lei de proteção ao consumidor”.
Gostaria de saber se eu comprar pela internet,pode ser entregue aqui na minha cidade em Casa Nova no estado da Bahia.
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