Secretário nega toque de recolher na capital

Na quinta-feira (9), o Jornal Nacional mostrou histórias impressionantes em Salvador. Uma realidade com a qual moradores do Rio de Janeiro e São Paulo, infelizmente, já convivem. Tráfico de drogas, ônibus queimados, toque de recolher. Não é essa a imagem que a gente está acostumado a ver de Salvador. A imagem da capital baiana sossegada já não é mais a mesma. Estimativas mostram que os traficantes dominam cerca de 20 bairros de Salvador. Trabalhadores às vezes não podem voltar para casa por causa de um toque de recolher imposto pelas quadrilhas. No interior, a situação também é preocupante. Autoridades são ameaçadas pelo tráfico de drogas. Apesar dos depoimentos mostrados no Jornal Nacional, em entrevista ao Bom Dia Brasil, o secretário estadual de Segurança Pública/BA César Nunes negou a existência do toque de recolher: “No estado da Bahia não existe nenhum bairro, nenhuma rua, nenhuma viela em que tenhamos toque de recolher. O tráfico de drogas aumentou em todo o país, como em todo o mundo”. Bom Dia Brasil - O diretor do Departamento de Narcóticos da secretaria de segurança pública informou que a polícia age quando os moradores chamam para ocorrências pontuais. César Nunes – O que ele quis dizer foi que ele não tem conhecimento desses locais, como não existem. Se alguém souber, por favor nos avise. Vamos lá ver, confirmar a existência de toque de recolher em Salvador ou em qualquer cidade da Bahia. Na reportagem, um policial disse que não vê a polícia há cinco meses. Teve que sair de casa porque estava sendo ameaçado por traficantes do bairro onde mora. Agora, ele vive em quartéis. Que tipo de apoio a secretaria de segurança dá a esses homens que arriscam a vida e vivem em áreas com toque de recolher? Sendo verdade a denúncia feita por uma pessoa que não foi identificada, estamos à inteira disposição para dar total apoio a essa pessoa. Mas acredito que essa fantasiosa essa informação prestada por essa pessoa.Temos informações que turistas que chegam à cidade são escoltados por policiais à paisana justamente por causa da violência. Que efeito isso pode ter no turismo da cidade? A violência, em qualquer lugar do mundo, tem efeito negativo no turismo. Mas temos, hoje, números que comprovam eu neste primeiro semestre tivemos uma diminuição em 11% nos homicídios em Salvador, na comparação com o mesmo período do ano passado. O coordenador do Observatório de Segurança Pública Carlos Costa diz que não é exagero comparar a violência de Salvador com a realidade de Rio de Janeiro e São Paulo: “Existem locais onde a criminalidade é mais intensa”.