22 de nov. de 2009

Avant Premiere do filme Os Magníficos em Itajuípe

A noite de sábado dia 21 de dezembro, realmente foi uma noite atípica para os moradores da pequena cidade de Itajuípe no sul da Bahia.
Aconteceu no Casarão da Praça o lançamento do documentário Os Magníficos, um filme dirigido por Bernard Attal que conta a história do período áureo dos Coronéis do cacau e a decadência proviniente de uma praga que assolou as grandes e pequenas fazendas de cacau da região, sem distição de pobre ou rico, preto ou branco.
Os Magníficos foi um dos projetos baianos selecionados pela quarta edição do Programa de Fomento à Produção e Teledifusão ao Documentário Brasileiro (DOCTV), do Ministério da Cultura, em parceria com o Instituto de Rádiodifusão do Estado da Bahia (Irdeb), parceria que garante a sua exibição em cadeia nacional, através da Rede Cultura. A obra, uma produção da Ondina Filmes, é o primeiro documentário de Bernard Attal, autor dos curtas “29 Polegadas” (2005) e “Ilha do Rato” (2006) – exibidos e premiados internacionalmente - e “A Bicicleta”, lançado internacionalmente agora em 2009.
Com seu novo filme, ele retrata o drama pessoal de três personagens que tiveram uma queda vertiginosa em seu padrão social e precisaram se adaptar e reconstruir suas vidas a partir de uma nova realidade. Algumas vezes, essa reconstrução podia significar, inclusive, o isolamento e a invisibilidade social. “O ponto central do documentário não é um relato analítico da tragédia social ou da crise econômica da zona cacaueira, mas o efeito desta época nos homens e mulheres que a viveram”, explica o diretor e roteirista. Com citações à obra “Soberba” (“The Magnificent Ambersons”), do cineasta Orson Welles, Os Magníficos explora os motivos e o processo desta decadência, retratando não só a busca de uma reconstrução sócio econômica, mas também individual e espiritual. Bernard se valeu também do formato estético da obra de Welles para fotografar e ambientar seu filme, contando, em sua equipe, com a participação do jovem diretor de fotografia baiano Matheus Rocha.

Fascínio e decadência
“Como reconstruir nosso mundo a partir de novas escolhas éticas e estéticas parece, por vezes, uma tarefa impossível. Sabemos, especialmente aqui no Brasil, que a vida apresenta altos e baixos, porém, raramente estamos preparados para isso”, dimensiona Bernard Attal, francês que mora em Salvador desde 2005, quando começou a desenvolver sua carreira como diretor, depois de estudar cinema em Nova York. Ele aponta que o processo de falência financeira sempre exerceu uma enorme fascinação e o cinema se nutre desses elementos para construir quase uma espécie de “dramaturgia da decadência”. “Uma fascinação seguida pela rejeição diante daqueles que sofreram as conseqüências sem poder se recuperar”, completa.
O filme utiliza imagens de arquivo e antigas fotografias para ilustrar o processo de apogeu da época de ouro da região, antes da passagem pelo declínio econômico, causado pela praga denominada “vassoura de bruxa”. Bernard também fez o registro audiovisual da atual realidade da zona cacaueira, com imagens das fazendas, prédios, casarões, ferrovias – as fazendas sem donos, os secadores sem função, as igrejas sem fiéis, as cidades esvaziadas.
O documentário, contudo, tem como principal matéria-prima os depoimentos. Toda a narração do filme é feita pelos entrevistados, que contam sua história e tratam do processo interno pelo qual passaram e ainda estão passando. A principal força de Os Magníficos está nessa atualidade e nessa humanidade. Ele dividiu os depoimentos em três fases: as lembranças da vida áurea, a queda social e existencial, e a nova postura de cada um com a vida e o futuro. Assim, o Os Magníficos está dividido em capítulos: A Soberba, A Decadência e A Superação.
Presenças ilustre compareceram ao lançamento, como o prefeito de Itajuípe, Marcos Dantas e sua esposa, Pêpe Tavares e sua mãe que também participou do filme, Dr. Adylson Machado escritor, a Atriz e Produtora Eva Lima, entre outras personalidades.
Grata surpresa reencontrar Diana Gurgel a Produtora Executiva do filme. Diana, Eva Lima e eu(Ari Rodrigues) trabalhamos em diversos filmes em Salvador. Nos tornamos grandes amigos, mas o trabalho nos separou, mas sempres que nos reencontramos, a felicidade é grande.
Eu particulamente estou encantado com o filme, pois ele retrata de forma expressiva a realidade de uma região. A verdade doí, mas tem que ser dita. Antes mesmo de ser lançado, Os magníficos já sofreu com a língua afiada de oportunistas de plantão. Como se "malha" um filme ou um espetáculo ou qualquer coisa ser ver o conteúdo. Foi isso que aconteceu quando publicaram uma matéria no jornal A Tarde, descabida e desprovida de verdade, já que baseado num trayler do filme um pseudojornalista se pôs a debulhar críticas sobre o trabalho. Nada foi dito e relatado que não tenha sido "verdade verdadeira", já que os atores são personagens da vida real. Helenilson Chaves, Ana Amado, Pêpe Tavares e o fabuloso Paulo Jorge o "Paulão" só relataram suas verdades em frente das câmeras e isso incomodou a alguns.
Parabéns a Bernad, Diana, toda a equipe e em especial ao nosso colega Carlos Shintomi que fez um trabalho brilhante, elogiado em público pelo diretor.

Ari Rodrigues
Produtor Cultural
Blogueiro

O prefeito Marcos Dantas prestigiou a estréia

As honras feitas pela Assossiação dos Filhos e Amigos de Itajuípe -AFAI

No mesmo plano Dr. Adylson Machado e o prefeito Marcos Dantas e a Primeira Dama


Eva e o maravilhoso ator Paulo Jorge



A Charanga Elétrica marcando presença nas homenagens


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