4 de mai. de 2010

Tempo e apoios são relativos em campanha

O anúncio de que mais um partido, o PTC, se junta à coligação encabeçada pelo PMDB, que fica, agora, com 11 legendas, ganha espaço no noticiário junto com a informação de que o pré-candidato peemedebista Geddel Vieira Lima, praticamente igualou o tempo do pré-candidato à reeleição, governador Jaques Wagner (PT), equilibrando a disputa no horário eleitoral gratuito. Pelos números apresentado na matéria da repórter Patrícia França e publicada na edição desta terça-feira do jornal A TARDE, a coligação peemedebista passaria a ter 5 minutos e 50 segundos, contra 5 minutos e 55 segundos da coligação petista.

Como já disse em postagem anterior, este grande número de partidos pequenos que procurou se juntar a Geddel Vieira Lima é importante muito mais pelo aspecto psicológico de mostrar a derrota da intenção do governador e do PT, de isolar a candidatura peemedebista e, fazendo-a minguar por falta de apoios, facilitar a realização de um pleito plebiscitário entre a chapa oficial e a do ex-governador Paulo Souto (DEM-PSDB). Mais importante até do que a quantidade de votos que essas siglas possam agregar à candidatura.

Quanto à questão do acréscimo do tempo no horário eleitoral, sem dúvida também importante uma vez que ninguém desconhece o peso do horário eleitoral gratuito nas campanhas eleitorais do Brasil. Já vimos diversas campanhas se tornarem vitoriosas a partir do início da propaganda gratuita no rádio e na TV, bem como já vimos outras afundarem justamente ali.

Porém, esta questão não pode ser tratada de forma aritmética, ou seja, quanto mais tempo maiores a chances de vitória. Também já vimos exemplos de candidatos com muito mais tempo que os adversários murcharem e perderem eleições. Um dos exemplos mais clássicos foi o do inesquecível Ulysses Guimarães que, na campanha de 1989, ficou em quinto lugar no final, apesar de ser o campeão de tempo no horário eleitoral. E, mais recentemente, tanto José Serra (em 2002) como Geraldo Alckmin (em 2006) tinham mais tempo que Lula e voces viram os resultados.

Estudos mostram que o candidato ter um tempo mínimo confortável é fundamental. Mas, a partir de um certo patamar já não faz diferença para percepção do eleitor. Apesar disso, não tenho dúvidas de que todos os candidatos festejam qualquer segundinho a mais conquistado.

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