O
anúncio na última sexta-feira (05.12.14) do encerramento das atividades no
próximo dia 31, do Hospital São Lucas, nos faz refletir sobre, além das
inúmeras dificuldades apresentadas pelo próprio provedor e, vastamente debatido
por vários meios de comunicação, um fato tão relevante quanto à importância dos
serviços de saúde oferecidos pela rede, à manutenção de um dos seus primados, a
pesquisa e o ensino.
A
rede de hospitais da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna contribui
relevantemente para outro importante serviço da nossa região, o Polo de
Educação. Promovendo apoio ao Serviço de Residência Médica e contribuindo com
um vasto campo de estágio prático para profissionais e alunos da UESC,e futuramente
da UFESBA, de outras Faculdades particulares regionais, estas em número de 9,
dos Cursos Técnicos de Enfermagem e Radiologia do IEPROL e outras escolas
técnicas,que em números exatos atingem quase 26 cursos daárea de saúde.
As
legislações e as instituições que tratam das autorizações de credenciamento e
recredenciamento desses cursos são extremamente enfáticas e, preconizam,“sem
campo de estágio não há autorização”, ou seja, estamos diante de uma coluna de
pedras de um grande dominó. Consideremos que o fechamento do Hospital São Lucas
seria a primeira pedra que cai e, que irá, Deus não permita (e autoridades
também), derrubar além da rede de hospitais da Santa Casa de Misericórdia, um
polo de Educação e Pesquisa e seus principais cursos da área de saúde.
Ao
pensar Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, não devemos nos ater somente aos
seus relevantes serviços prestados ao município, a região e ao estado (e também
outros Estados) que dela se serve. Daí chama-se atenção das autoridades
competentes, para constatar que o declínio de um dos polos de saúde mais
respeitados da Bahia, agrega outro importante polo da nação, o de ensino,
pesquisa e educação.
Pedro Arnaldo Martins
Diretor
do Instituto de Educação e Pesquisa Lima Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário