2 de ago. de 2015

Artigo - Professores – uma luta sem igual.

Ficamos a imaginar o sofrimento ou cinismo[1] dos Desembargadores do TRT5, em julgar o dissídio coletivo da categoria mais importante de uma sociedade – os professores – para quem devemos o dom de ler, escrever e pensar!
A educação brasileira não chegou a condição de vulnerabilidade que está por vontade de seus educadores. E não percamos tempo discutindo de quem é a culpa.  São anos de história. Precisamos conhecer e nos conscientizar, de uma vez por todas, quem são as vítimas: alunos e professores!!!
Julgar o dissídio coletivo de qualquer classe das instituições públicas é remar contra maré. E assim foi esse julgamento.  É só o Município, Estado ou União dizer que não tem “dotação orçamentária”, ou como apelidada nesse caso, “observância dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”, para que o juízo feche os olhos para a consistência dos fatos, neste caso, a possibilidade tácita do município de oferecer melhores condições de trabalho, aumento de salário justo (indiscutivelmente possível) e julgamento da contenda jurídica pautado pelo ordenamento jurídico (sem interveniência).
Não bastasse a greve legítima dos docentes da UESC, onde agora o Governo Estadual criativamente envia e-mails avisando da suspensão do pagamento de salários caso a greve não acabe (caracterizando, indiscutível, assédio moral[2]). Temos que lidar com os devaneios dos governos e do judiciário, ambos, cada vez mais distante da sociedade e de suas necessidades. Resultado: Justiça Federal, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho, Justiça Estadual, Universidades Estaduais, Saúde Estadual, INSS, EMBASA, etc e etc, todos parados, todos em greve. Esse é o resultado da falta de políticas públicas de governos que menosprezam seus servidores e, o mais valioso dos profissionais, o professor, agente fundamental para o crescimento e desenvolvimento de uma nação justa e democrática.




[1] s.m. P.ext. Cínico, é ato daquele que demonstra descaso pelas normas sociais ou por uma moral preestabelecida; ausência de prudência.
[2] Assédio moral é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

Por, Pedro Arnaldo Martins.
Presidente em exercício do PMDB de Itabuna.

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