É muito fácil, depois da criança parida, aparecer vários pais. Quando Eva Lima, Jaffet Ornellas, Marcos Nô e eu, Ari Rodrigues, resolvemos encabeçar um movimento para peitar toda a máquina administrativa com a nossa indignação sobre a demolição parcial do Auditório Zélia Lessa, não achamos apoio da classe, exceto o de Jackson Costa que nos enviou um email sensibilizado com a nossa ação e se mostrou solidário, do Clube do Poeta que está conosco sempre, do vereador Wenceslau Jr, do radialista Val Cabral , do jornalista Ederivaldo Benedito, de alguns amigos sindicalistas, alguns poucos voluntários,da mídia local, dos blogs parceiros e das TVs e rádios. Fora isso, alguns emails de colegas artistas nos criticando pela nossa atitude.
Pois bem, agora que o movimento tomou corpo, que a secretaria Marina Silva nos recebeu, que o prefeito Azevedo vai avaliar nossa solicitação, começa aparecer vários oportunistas querendo “pongar” na nossa ação. Porque na hora de mostrar a cara na mídia, não veio lutar junto conosco? Porque esperou o resultado do movimento para tomar partido? Sabe o que é isso? é o medo de perder os 100,00 que a FICC dá como apoio cultural para eventos e espetáculos.
Ser artista é ter coragem de lutar por um ideal, e é isso que nós estamos fazendo em relação ao Teatro Zélia Lessa. Se fosse preciso, nós nos acorrentaríamos nas grades para que a estrutura física do teatro não fosse danificada.
Ser artista é vir de peito aberto, lutar pelos seus ideais, mesmo que isso venha a comprometer seu emprego, como fez Eva Lima.
Ser artista é, ser autêntico, falar o que pensa, ter coragem e garra de lutar por um ideal.
Abaixo a hipocrisia.
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